domingo, 16 de janeiro de 2011

Quadrilha vende motos ilegalmente no Maranhão

O delegado de Codó, Rômulo Vasconcelos, está comandando uma investigação que tenta reprimir uma quadrilha que vende motos ilegalmente. Os veículos são adquiridos em leilão no município de Ribeirão Preto (SP).

A polícia do Maranhão está envolvida nesse caso porque os clientes mais assíduos do leiloeiro de Ribeirão Preto, cujo nome a polícia ainda mantém em sigilo para não atrapalhar as investigações, são os cortadores de cana maranhenses, principalmente de Codó e Timbiras, atraídos pelo baixo preço e pela facilidade de adquirir o veículo. A moto para sucata é adquirida no leilão  e revendida para os cortadores por, no máximo, R$ 2.100,00.

De acordo com o delegado, não é ilegal o fato de o leiloeiro adquirir as motocicletas que, como revela o próprio documento oficial do leilão apreendido pela polícia, seriam destinadas à sucata. O problema começa quando o adquirente começa a revender estas motos, cujo documento expressamente descreve “veículo sem direito a registro ou licenciamento”.

“Essa moto não pode ser comercializada, pois tem o chassi pinado (adulterado), ou seja, esse veículo é comprado legalmente para desmanche, para vender as peças, portanto não podem rodar”, explicou Rômulo Vasconcelos.

A Polícia Civil, comandada pelo delegado codoense, já apreendeu duas dessas motocicletas com chassi adulterado e documento de leilão, proibindo registro e licenciamento. O cortador de cana Nascimento de Sousa Martins revelou a Rômulo Vasconcelos que em Ribeirão Preto o cliente é quem escolhe onde comprar.

“Se você quiser comprar no leilão, vai lá e arremata a moto. Se você quiser adquirir dos compradores, basta ir na oficina e compra na mão deles”, revelou Nascimento.

O cortador de cana, que disse na delegacia ter adquirido a moto em Ribeirão Preto, revelou que caminhões lotados dessas motos de circulação proibida são descarregados em Codó e Timbiras com muita freqüência. “Vem de 40 a 50 motos e a carreta só faz jogar a lona por cima e trafega de lá para cá. Todo mundo sabe. Quando você vê moto sem placa, pode observar que é de lá”, denunciou Nascimento Martins.

O delegado que preside o inquérito afirmou que dependendo da procedência, se for produto de furto ou roubo, a pessoa pode ser indiciada por crime de receptação. “Caso ela tenha sido comprada em leilão, perderá a moto porque ela não pode rodar em lugar nenhum, já que não tem identificação, não tem registro que é o chassi, e não tem numeração”, enumerou o delegado.

Rômulo Vasconcelos informou, ainda, que fará contato com a Polícia Civil de Ribeirão Preto. “A Polícia Civil de São Paulo saberá que os donos dessas lojas estão repassando essas motos. Eles deverão ser ouvidos”, encerrou o policial.


Fonte: Imirante/ O Estado do Maranhão

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