segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PM embriagado mata borracheiro com vários tiros

Um policial militar de 43 anos, que está na corporação há pelo menos duas décadas, matou um borracheiro que trocava o pneu de seu carro, no bairro Boqueirão, em Curitiba, no final da noite deste sábado (22). De acordo com testemunhas, o homem teria batido seu Peugeot 206 contra um meio fio numa das ruas do bairro quando teve que procurar os serviços do trabalhador que já estava de pijamas.

Momentos antes do assassinato acontecer, a Polícia Militar (PM) já havia sido acionada por moradores da rua Bom Jesus do Iguape sendo informada de que um homem trafegava em alta velocidade pelas ruas da região e disparava vários tiros a esmo, porém, os policiais do 20º Batalhão ainda não sabiam que se tratava do companheiro de farda José Marcemilho Martins (43), atualmente lotado no Batalhão de Trânsito (BPTRAN).
Depois de realizar as ousadas manobras e acabar com o pneu furado, o policial resolveu procurar uma borracharia, por volta de 23h, quando aconteceu a execução. Ao chegar no estabelecimento visivelmente alterado, o PM foi recebido por Geraldo Marcelino de Paula (59), que se solidarizou com a situação do homem e resolveu trocar o pneu mesmo já estando de pijamas. Em posse das ferramentas necessárias para o reparo, Marcelino ainda chamou o seu neto de apenas quatro anos para acompanhar a operação.
Antes de concluir a troca do pneu do carro, o borracheiro foi morto com cinco tiros desferidos pelo policial sem motivo aparente. O neto da vítima correu em direção ao interior da residência para se refugiar. Depois de cometer o assassinato, o policial Martins logo foi detido por colegas do 20º Batalhão que já estavam a sua procura sabendo das “peripécias” realizadas momentos antes. De acordo com informações repassadas pelo perito Elmir, do Instituto de Criminalística, o borracheiro foi morto com disparos saídos de uma pistola .40, o que indica que o policial utilizou a arma da corporação para cometer o assassinato.

O PM segue preso aguardando decisão judicial.

FONTE: bemparana.com.br

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