quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Depois de 14 anos, acusados de assassinarem sem terra foram absolvidos.

Antonio Valdecir Somenzi e Jorge Dobinski da Silva
Terminou as 21h45 desta quarta feira (15), o julgamento de Antonio Valdecir Somenzi e Jorge Dobinski da Silva, acusados de matarem Vanderlei das Neves (16) e José Alves dos Santos (34) e de tentarem contra a vida de mais quatro trabalhadores rurais sem terra, em 16 de janeiro de 1997, na fazenda Pinhal Ralo, em Rio Bonito do Iguaçu, hoje Assentamento Ireno Alves. O júri entendeu que os dois acusados não tiveram participação na morte dos sem terra e os absolveram. A sentença foi lida pelo Dr. Bernardo  Fazolo Ferreira, que presidiu o julgamento. Para o advogado de defesa Dr. Nilson Sguarezi, a justiça foi feita e o júri, segundo ele, acatou a tese da defesa, que argumentou que ambos tinham álibi e não estavam no local do crime. Para o advogado de acusação, Dr. Luis Eduardo Greenhall, a demora para a realização do julgamento, beneficiou a defesa. Greenhal, em suas considerações finais, pediu resignação e ponderação às partes envolvidas. As famílias dos acusados, que acompanharam apreensivas  todo o processo, comemoraram muito a decisão e sem exceção, foram às lágrimas. Já os representantes do MST se mostraram decepcionados com a absolvição e deixaram o Salão Nobre do Forum, antes mesmo  do Dr. Bernardo, dar por encerrada a sessão. Antonio Valdecir Somenzi e Jorge Dobinski da Silva, saíram em liberdade e retornaram para suas casas em Quedas do Iguaçu. Segundo o promotor, Dr. Jacson Zillio, o Ministério Público, não deverá recorrer da sentença. Ao encerrar, Dr. Bernardo enalteceu o trabalho da equipe do judiciário e lembrou que este foi o 22º julgamento deste ano em Laranjeiras do Sul em comparação com os cinco realizados no ano passado; e o último deste ano, já que na próxima semana começa o recesso forense. 

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