quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Menina cadeirante de seis anos foi abusada sexualmente por tutora em São Paulo

Mães de alunos espancaram hoje uma funcionária da Escola Municipal Deputado Carlos Castilho Cabral, em Presidente Prudente (SP). Ela é acusada de abusar sexualmente de uma menina cadeirante de seis anos. Ao menos 15 mães agrediram a mulher depois que a mãe da garota foi tirar satisfações com a acusada, de 26 anos, que trabalha como tutora de crianças.

A confusão ocorreu no pátio da escola, que tem cerca de 300 alunos. Com ferimentos pelo corpo, a funcionária foi socorrida pelo resgate do Corpo de Bombeiros e internada no Hospital Regional, de onde já recebeu alta.

Revoltado, o pai da menina, o montador de móveis Anderson Aparecido Vicente, de 30 anos, desabafou: "O que a minha filha nos contou não se vê nem em filmes do gênero. Ela sempre foi muito falante e alegre, apesar da hidrocefalia e má formação da coluna cervical. Ficou triste e passou a falar menos", disse. "Depois de muita insistência, ela decidiu falar. Disse que tinha medo, pois a funcionária ameaçou matá-la se o segredo fosse revelado", acrescentou.

A menina também teria dito que era abusada sexualmente todos os dias. Os abusos começaram em julho deste ano e, desde então, a criança passou a ter comportamento estranho. Ela foi examinada e o resultado do exame deve sair em 15 dias. O nome da funcionária, acusada de estupro de vulnerável, não foi divulgado pela Delegacia de Defesa da Mulher. "A mãe dela pediu para não divulgar o nome", justificou uma escrivã.

O caso, no entanto, pode ter uma reviravolta. "Ela não é nem funcionária, é estagiária e começou a trabalhar há apenas dez dias", explicou Sônia Maria Pelegrini, diretora do Departamento Pedagógico da Secretaria Municipal da Educação, deixando claro que a acusada pode ser inocente. "É isso que nós vamos apurar", completou.

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